Tenho tanto para dar, tanto que quero fazer ver.
Reconheço,a mim mesma que a minha maior força está no espírito e a minha maior fraqueza no coração.
Entre aquilo que me liga á Terra,ao material, e aquilo que me faz elevar ao Ar,ao subtilmente perceptível, nesse espaço invisivel,está suspenso todo o meu potencial,todo meu desejo de criar, de romper barreiras, de fechar portas e abrir janelas, de materializar o abstracto.
Em mim guardo uma energia que não se quer definir, mas que anseia por se expandir,de se libertar,em todos os meus sentidos,por todos os poros.
A minha pior inimiga sou eu mesma.
Destruo logo após criar, regenero-me logo após me auto-mutilar.
Amo logo após odiar, torna-se me indiferente ,logo após me fascinar.
Disperso-me, logo após a concentração.
Rio-me das minhas lágrimas.
Os elogios assustam-me...
As críticas dão-me força para continuar.
A dor transforma-se em prazer, que por sua vez se transforma em culpa, que se traduz em orgulho, que me faz cair do pedestal e perder-me em humildade...
Depois vem a dormência, a frieza,numa tentativa de manter o controlo...
E aí perco-o ,descontrolo, deixo-me ir, confio-o...amo....
E deprimo-me na contestação da realidade, ao perceber que pouco de material criei na minha viagem dentro de mim mesma...
E nessa dor,encontro mais uma vez,um caminho para o prazer hedonista,mais uma desculpa para a irracionalidade,para a despreocupação com a consequência.
O meu maior medo é a solidão,minha maior ambição é a transcendência, e o meu objectivo é partilhar.
Partilhar a viagem,fazer sentir quando penso,fazer pensar quem me sente.
Criar não a partir de mim,mas daquilo que absorvo.
A minha maior felicidade está na simbiose, a minha maior dor está na metamorfose.
Minha maior força está na esperança...
Pelo equilibrio...
Entre o querer e o fazer.
Entre o pensar e o sentir.
Entre o dar e receber.
Entre o falar e o escutar.
Entre o ver e o observar.
Entre tocar e o sentir.
Entre o inspirar entre o expirar...
Entre a noite e o dia..
Encontrar o meio termo, nesta ambiguidade que me divide a mim mesma.
(imagem: spookychild.deviantart.com)
A vida é uma meia verdade.
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