Para além de conlusões um pouco obtusas,questões infantis e alguns pensamentos em espiral..o dia de hoje também me deu algumas certezas...
Primeiro que tudo, que a humildade, a transparência e a eterna curiosidade embora sejam talvez as minhas melhores virtudes..também são as que me levam ás situações mais caricatas...
Se o ego e a essência forem paradoxais ,ai então, vejo-me situada entre duas personalidades opostas e dependentes entre si .....Um lado que assimila e outro que rejeita...
Uma vontade me desligar das influências externas, mas um dever auto-imposto de moldar essas mesmas influências a meu favor...favor esse que acaba por ser superficialmente motivante mas intrinsecamente inútil.
A curiosidade de saber o que está por detrás dos olhos que me vêm é insaciante...
Será que vêm mesmo ? Ou são espelhos e reflectem a imagem que transmito?
Por isso provoco-te com o ego para logo depois curar a ferida com a essência...
A tua reacção diz-me tudo o que preciso saber.
Troco-te as voltas para um estado de confusão...onde divirgo entre a "frita inconsciente" e a "grande mulher"
Que para moldares as acções dos outros visando o bem estar geral,é preciso começar a missão tocando o coração e inspirando a empatia e a compreensão,não é novidade.
Não esperava era tanta armadura de ferro em volta dos vossos corações pulsantes....
Será ingénuo esperar coragem das pessoas?
Será rídiculo o medo da eterna incompreensão por parte de terceiros?
Será absurdo o refúgio numa máscara?
Engraçado como faço perguntas, para as quais inconscientemente já sei a resposta... =)
Será infantil o meu nojo por rótulos,etiquetas, frases feitas e sintéticas?
Como é que ajusto o desejo (motivado por uma esperança que não sei bem onde a vou buscar) de expressar as divagações da minha psique á (quase)certeza de não serem compreendidas?
Muitas vezes cago, penso "safoda,seja o que for" e falo...os meus olhos derivam um pouco e expresso-me por pensamentos soltos...só preciso duma pergunta na altura certa, uma conexão entre um raciocinio e outro..uma pequena ajuda...é só leres a minha expressão facial..está tudo lá...para tornar essas palavras soltas em algo puro e com a melhor das intenções...tão simples....
Mas como não encontro essa conexão, ou se encontro , a sua finalidade é tentar perceber para questionar,e não para completar....
Arrependo-me do "safoda"...olho directamente, concentro-me e da minha boca saiem frases completas, palavras que encaixam na perfeição...mas com uma voz dura e desprovida de sentimento...
Crio um ambiente mais pesado,dou-te um abanão de respeito...a tua expressão fica mais séria, encaras como um desafio...
Quando é pura e simplesmente uma protecção...São raras essas mentes clarividentes...que reconhecem a protecção e agem como se dissessem :" não tenhas medo, não estou aqui para fazer juízos de valor, solta isso...eu posso com ela"
Claro que podes com ela, é tão simples e alegre....incentiva-me a explorar, sem apressares o meu ritmo, sem me pedires conlusões certeiras....mostra interesse nas minhas descobertas,não julgues os motivos que me levam a querer saber mais.... Escuta-me se assim o teu desejo for, não deduzas, não suponhas...não questiones os meus sentimentos quando eles são tão visiveis nas minhas acções,no meu olhar, na minha expressão corporal...não me faças uma pergunta verbal á qual eu já te respondi com um olhar...
Para quê? Tens dúvidas da tua capacidade de me ler? Julgas por acaso que um som(palavras) é mais confiável do que o sentimento que partilhamos com um olhar ou com gestos ?
Sempre achei que a tentativa de verbalizar momentos e "empatias" , resultava num triste anulamento do momento em si para o catalogar ou "definir"....
Please dont....it fucking hurts even though I act tough....
Não me olhes com dúvidas, preconceitos, segundas intenções...Olha-me de frente , mantêm o olhar,não tenhas medo....
Não estou a dizer que é fácil, estou a dizer que vale a pena...
Boa! Apesar de (possivelmente) poderes ter estado num estado alterado de consciência, quando escreveste isto, não penses que é esse mesmo estado, ou a substância em si, que nos faz ter estas questões dentro de nós, que nos faz escrever desta maneira, ou que nos solta ou nos oprime, para que as possamos colocar a nós mesmos. Tal como te disse, temos mais em comum do que aquilo que nos chega aos olhos. Também eu me atrofio com rótulos, sejam eles os que me põem de lado, ou me põem lá em cima. Também eu aprecio a pureza do silêncio quando não é preciso dizer nada, pois um olhar ou um gesto diz tudo, é como dizes, está tudo lá. Também faço estas questões a mim mesmo, muitas vezes questionando-me sobre mim próprio, como se não me conhecesse, sobre o que quero, o que sou, e o que valho. E muitas vezes posso não sabê-lo, posso duvidar de mim... Mas em relação ao que TU vales para mim, nao tenho dúvidas. E o que gosto em ti está mais que explícito aqui em cima, livre de máscaras e ilusões, sorrisos ou olhares desconfiados, livre de palavras insignificantes e atitudes impensadas. Está aqui, simplesmente tu, como só tu o vês.
ResponderEliminarUm beijo daqueles =)